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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
POESIA MUNDIAL EM PORTUGUÊS

EDMOND JABÉS
( EGITO )

 

Edmond Jabès (francês: [ʒabɛs]; em hebraico: אדמון ז'אבס, em árabe: إدمون جابيس; Cairo, 16 de Abril de 1912[1] – Paris, 2 de Janeiro de 1991) foi um escritor e poeta judeu, e uma das figuras literárias mais conhecidas a escrever em francês depois da Segunda Guerra Mundial.

Filho de uma família judaica, Edmond Jabès foi criado no Egito, onde recebeu uma educação francesa clássica. Quando, no Egito, a população judaica foi expulsa, Jabès mudou-se para Paris em 1956, cidade que ele tinha visitado uma primeira vez nos anos 1930. Aí ele retomou as suas amizades com os surrealistas, embora ele nunca tenha sido formalmente um membro desse grupo. Tornou-se cidadão francês em 1967, o mesmo ano em que recebeu a honra de ser um dos escritores franceses (ao lado de Sartre, Camus, e Lévi-Strauss) a apresentar os seus trabalhos na World Exposition em Montreal. Por outro lado, foi-lhe outorgado o Prix des Critiques em 1972 e uma designação como oficial na Legião de Honra em 1986. Em 1987, recebeu o Grande Prémio nacional de poesia francês (Grand Prix national de la poésie). Jabès morreu com 78 anos e a cerimónia de cremação ocorreu no cemitério de Père Lachaise.

Obra

Jabès destacou-se sobretudo pelos seus livros de poesia, normalmente publicados em ciclos de vários volumes. A sua poesia apresenta, variadas vezes, referências ao misticismo judaico e à cabala.

Veja a extensa bibliografia do Autor em:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Edmond_Jab%C3%A8s

 

COYOTE  REVISTA DE LITERATURA E ARTE  No. 8   Londrina, Paraná: Coyote Edições, 2003.  Editores Ademar Assunção, Marcos Losnak e Rodrigo Garcia Lopes.  Foto da  capa: Walter Ney.  52 p. ISSN 1677-5023                                    Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

                              Tradução de CAIO MEIRA


Sobre a pilastra dos mares

Para Philippe Rebeyrol

Sobre a pilastra dos mares
o barulho apazigua o sangue
mulher nua com gestos
coroados de espuma
Furiosas são as mestras das ilhas
com os pinhos de granito doces entretanto
com as folhas e os frutos
Oceano onde findam nossas hesitações nossa feridas
Uma vez marcou para sempre minha vida
No campo dos escravos os chocalhos babam
como recém-nascidos. É preciso a paciência
dos muros para deter os condenados a confiança
do chumbo e do ferro.   É preciso também a morte
com o colar de riacho perdido
Sobre a pilastra dos mares
o sol é um abutre
que os ventos embebedam
Nunca mais
as lágrimas florirão sobre a água dos campos
Nunca mais a revolta assombrará as veredas vendidas
A rota está traçada eu vos digo
e os passos dos poetas seguros
O cuidado em viver é uma flor pressentida
sua forma o perfume são lugares precisos de exílio
O sonho está sentado entre seus dois carrascos
e são eles que empalidecem


              SUR LE SOCLE DES MERS

             Sur le socle des mers
le bruit apaise le sang
femme neu aux gestes accordés
à femme nue aux gestes
coutronnés d´écune
Furieuses sont les  maltressees de îles
aux pins de granit douces pourtant
avec les feuille et les fruits
Océan où finissent nos hésitations et nos blessures
Une fois a marque m avie pour toujours
Au camp des esclaves les grelots bavent
comme des nouveau-né il faut la patience

             Des murs pour retenir les forçats la confiance
du plomb et du fer il faut aussi la mort
au collier de  ruisseau perdu

             Sur le socle des mers

             le soleil est  un vautourque les vents enivrent

             Jamais plus

             les lames la révolt ne hantera les sentiers vendus

             La route est tracée vous dis-je

             et les pas des poèts sont sûrs

             Le souci de vivre est une fleur pressntie

             sa fome  le parfum sont lieux précis d´exit

             Le  rêve est assis entre ses deux bourreaux

             et ce sont eux qui pâlissent

         


Noites de concerto ou Palavras estrangeiras
(fragmento)


Eu me curvo sobre a palavra de finas escamas
No mar a palavra atordoa
Ela foge por entre os dedos do curioso Ela vigia o anzol  
O pescador é o intruso o monstro
Levanto meus olhos para a palavra de belas plumas
No espaço ela está por um fio por um espanto
Ela vigia o caçador a tempestade O fuzil como a chuva
[tem pupilas
que matam
Capturo a palavra desprevenida
Ela tem um porto de ilha

   pernas secretas da areia
um torso de vela
Tem olhos de gaivota
e grandes mãos vazias
onde se refugia o mundo
Segui a palavra por tantos caminhos
Ela se deteve uma vez para sorrir
Ela não tinha cabeça
nem nuca
Não tinha braços
nem pernas
e minha surpresa
modulava seu nome



SOIRÉES DE CONCERT OU LES MOTS ÉTRANGERS
(Fragment)

Je me penche sur le mot aux fines écalles
Dans le mer le mto et étourdissant
Il file entre le doigts du curieux
Prend-il garde à l´hameçon
Le pêcheur est l´intus le monstre
Je lève les yeux sur le moto aux belle plumes
Dans l´espace il tient à um fil à un étonnement
Prend-il garde au chasseur à l´orage
Le fusil comme la pluie a les prunelles qui tuent
Je prends le mota u dépourvu
il a um por d´ile
des jambés secretes de sable
un torse de voile
il a des yeux de Mouette
et de grandes mains vides
dan lesquelles se réfugie le monde
J´ai suivi le mot sur combien de chemins
Is s´est arrête une fois por me sourire
Il n´avait pas de tête
pas de cou
il n´avait pas de bras
pas de jembes
et ma bouche suprisse
modulait son nombre



História de palavras

 

      I

A tempestade com seu bico de pena desesperado
Não lemos tudo o que está escrito na terra
Da mais bela mensagem o padeiro fará talvez o pão
e daquela de cada mulher amada como somente você
cujas letras se acordam aos passos do homem
e nos campos de trigo se embalam ao sol

II

Matilha de dias crescidos
histórias de façanha na caça
A trompa une cães fuzis
A ilha inundou seus farrapos
a cabana seu teto escasso
O dilúvio vem este ano
A nado a fuga ao corpo
A nado o clarão no coração
As girafas estão mais tranquilas

III

De cada grão de obsessão
a palavra emerge
como arma incompreendida



HISTOIRE DE MOTS

L´image avec ses porte-plume desespérés
On ne lit pas tout de qui est écrit dans la terre
De plus beau message la boulanger fer peut-être
[le pain et de celul
de chaque femme aimée comme foi seule
dont les lettres s´accordant sous les pas de l´homme
puis parmi les blés dddlinant au soleil
Moute des jours grandis
des écrits d´esploits de chasse
Le cor rallie chiens fusis
L´ile s noyé ses hailons
le laudis son toit léger
Le déluge est pour cette année
A la nage la fulle au corps
A la nage l´éclair au coeur
Les grafes sont moins pressées
De chaque graine d´obsession
le mot émerge impatient
comme uma ame imcomprise


Não se pode falar de deserto...
(fragmento)

Não se pode falar do deserto com o de um paisagem, pois
ele é, apesar de sua variedade, ausência de paisagem.
Essa ausência lhe confere sua realidade. Não se pode falar do deserto com de um lugar; pois ele
também é um não-lugar: O não lugar de um lugar ou o
lugar de um não-lugar.
Não se pode pretender que o deserto seja uma distância,
pois êle é, ao mesmo tempo, distância real e não-distância,

absoluta em virtude de sua ausência de demarcações. Seus
limites são os quatro horizontes, sendo o que os liga e o
que os separa. Ele é sua própria separação quando essa
separação se torna lugar aberto; abertura de lugar.
Não se pode pretender que o deserto seja o vazio, o nada.
Também não se pode pretender que ele seja o término,
pois ele é, do mesmo modo, o começo.



ON NE PEUT PARLE DU DÉSERT
(fragmente)

On ne peutu parler du déserte comme d´un paysage.
car il est, malgré sa varieté, absence de paysage.
Cette absence lui octroie s realité.
On ne peut pas pretendre que le desert soil une distance
perce qu´il est, à la fois, réelle distance absolute à cause
de son absence de repères.
Il la pour limites, le quatre horizons, étant ce que les

                                                                    [sépare.
Il est sa propre separation où elle devent  lie ouvert;
ouverture du lieu.
On ne peut pas pretendre  que le desert soit le vide,

                                                              [le néant.
On ne peut, non plus, prétendre que le désert
[soit le vide, le néant.
On ne peut, non plus, pretende qu´il soit le terme
puisqu´il est, églement, le commencement.


*


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 Página publicada em novembro de 2023
 

 

 

 
 
 
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